Pensando um pouco a partir de Vygotsky e a zona de desenvolvimento proximal...

Author: Raffael /

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À Escola "Pro Dia Nascer Feliz"...

Author: Raffael /

Ficha Técnica

título original:Pro Dia Nascer Feliz

gênero:Documentário

duração:01 hs 28 min

ano de lançamento:2006

estúdio:Ravina Filmes / Fogo Azul Filmes

distribuidora:João Jardim

direção:

roteiro:João Jardim

produção:Flávio R. Tambellini e João Jardim

música:Dado Villa-Lobos

fotografia:Gustavo Hadba

direção de arte:

figurino:

edição:João Jardim




O documentário Pro Dia Nascer Feliz do diretor João Jardim é uma espécie de janela por onde é possível ver a aspectos da escola brasileira, ou melhor, do sistema educacional do Brasil. Através de um olhar nas relações cotidianas entre professores, alunos e funcionários, além da relação, em alguns casos, da família, escola e alunos, o diretor deste documentário tenta de forma, até então inédita, entender não o sistema a partir de concepções gerais, mas as relações diárias, que a meu ver, consegue de um aspecto micro, explanar como vive a sociedade escolar.






O título do documentário já é sugestivo, segundo o próprio autor em entrevista à TV Câmara diz que o título Pro Dia Nascer Feliz embora homônimo ao título de uma das músicas de Cazuza não foi necessariamente uma inspiração, mas vai no mesmo sentido, uma aspiração. A partir das reflexões nas aulas de Psicologia e Educação é perceptível que este filme consegue demonstrar muitos dos anseios e problemáticas do cotidiano escolar que hoje se vive no país. O professor é posto como o responsável direto e imediato pelo sucesso dos alunos e da escola, mas sem muitas vezes uma estrutura adequada, os professores são muitas vezes bem formados nas disciplinas para os quais se pretendem a orientar os alunos, o que acontece, todavia é que não são preparados à realidade que hoje se encontra a educação escolar no Brasil.





Escolas sem infra-estrutura, alunos marginalizados pela sociedade e daí inclusos pela marginalidade que rodeia hoje em dia as escolas, um tema que o diretor João Jardim elenca é também a desestruturação das famílias, um conceito embora utilizado pela direita moralista de nosso país, não devemos desconsiderar na construção da escola. A família, ou as pessoas que fazem parte do lar dos alunos, é algo que falta no dia a dia das escolas, os próprios pais e/ou responsáveis em grande maioria hoje se abstém de acompanhar o andamento dos filhos na escola, quer seja por por querer, quer seja pela vida corrida que a modernidade impõe. Os próprios pais e/ou responsáveis hoje não vêem mais o ambiente escolar como o lugar de transformação do indivíduo para melhor, um lugar de ascensão, e essa leitura desacreditada da escola, mesmo indiretamente, gera uma leitura dos alunos na mesma direção.








Este documentário observa o cotidiano em escolas em diferentes lugares do país, uma no interior de Pernambuco e as outras no sudeste, no eixo Rio-São Paulo, incluindo uns dos melhores colégios particulares da cidade de São Paulo situado na zona sul da cidade. O interessante é que o documentário não traz conclusões gerais e aponta, por exemplo, as dificuldades dos alunos do colégio particular estudado, apesar de todo um “apoio”, eles sofrem pela pressão, um acúmulo de atividades que muitas vezes é imposta verticalmente. Assim, destarte, é um documentário que mesmo tendo sido rodado há mais de cinco anos, tem muito valor para percebermos um panorama da realidade escolar brasileira. Confiram trecho da entrevista concedida a Tv Câmara (para ver os outros trecho clique no link) pelo diretor João Jardim.


Considerações acerca da teoria do erro de Paiget...

Author: Raffael /

Jean Piaget (Neuchâtel, 9 de Agosto de 1896 — Genebra, 16 de Setembro de 1980) estudou inicialmente biologia, na Suíça, e posteriormente se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação, professor de psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954, conhecido principalmente por organizar o desenvolvimento cognitivo em uma série de estágios.




Em sua teoria, Piaget expõe que durante o processo de aprendizado do aluno, podem ocorrer três tipos de erros, o primeiro tipo de erro é o qual o aluno sabe fazer, mas usa meios inadequados, por um motivo de deslize, pode-se explicitar da seguinte forma: em um debate em sala de aula acerca da Revolução Russa de 1917, o aluno se atrapalha e afirma que o líder da Revolução foi Robespierre e não Lênin (que seria a resposta correta). O que ocorre é que, o aluno compreende toda a Revolução, apreendeu a conjectura que levou a este fenômeno e quais foram seus desdobramentos, no entanto se atrapalha na hora de denominar seus atores. A intervenção do professor neste caso deve ser de fazer com que o próprio aluno possa refletir sobre a Revolução e fazê-lo recordar sobre outros personagens, levar o aluno a consultar as fontes bibliográficas de onde ele retirou o conteúdo, para podê-lo levar a afirmação correta.




O segundo erro da teoria piagetiana consiste quando o aluno ainda não completou o processo de assimilação e acomodação e por isso seus esquemas fica incompletos, isto se dá, por exemplo, quando o aluno se depara com uma situação na qual ele compreende mais ou menos o que está acontecendo, mas na hora de resolver o problema lhe falta repertório para se sair daquela situação, isto acontece justamente por que sues esquemas ainda não estão completos para aquela situação, envolvendo aí o que chamamos equilibração. Seguindo o exemplo acima, podemos ilustrar que é quando o aluno não compreende o que é Revolução e todos seus desdobramentos e daí ele afirma que o aconteceu na Rússia em 1917 foi a Revolução Russa, mas não consegue explicar porque a denominação Revolução deste acontecimento, muito menos uma breve comparação com a Revolução Francesa, por exemplo, muito embora, o aluno consiga explicar e apontar o desenrolar de ambas as Revoluções. Para corrigir o aluno, o professor deve intervir de maneira, mostrar as coisas em comum das duas Revoluções, para que o aluno possa compreender os significados que o conceito Revolução encerra na atualidade, desta forma, o professor deve também buscar metodologias como imagens e discussões ampliadas com toda turma, pois o aluno assim também se torna parte integrante da construção do conhecimento.




O terceiro erro de Piaget é talvez o qual os professores tenham mais dificuldades em corrigir, pois o aluno está em um processo de desequilibração e daí, não possui estrutura de conhecimento necessário para realizar a solução da tarefa, ou seja, não tem o conhecimento prévio. No processo do aprendizado, o professor irá levar o aluno a rearrumar suas idéias e construir um esquema novo, a partir do processo de assimilação e equilibração, levando o aluno a uma construção do conhecimento de forma autônoma. Um exemplo disso, ainda recorrendo ao tema Revolução Russa, usado nos três exemplos, é aquele aluno que desconhece geográfica e politicamente o que era a Rússia no inicio do século XX. O professor deve levar o aluno a esta primeira equilibração de conhecimento, para a partir daí desenrolar o tema Revolução Bolchevique.

Metacognição – Pensando sobre o processo de aprender

Author: Raffael /

Os professores têm ainda em sua maioria. Uma postura didática ao entrar em sala de aula de buscar resultados “positivos” de seus alunos, isto é, eles são encarados como fatores que resultarão em um produto: a nota. Muito embora esta prática ainda seja comum, já há larga discussão sobre o processo do aprendizado, de como é a melhor maneira de construir o conhecimento.





No processo ensino-aprendizado, o professor atualmente deve levar em conta, mais do que nunca, fatores que não estão necessariamente na sala de aula, como por exemplo: o cotidiano citadino, o modelo de educação vigente, a conjuntura política, enfim conceitos e práxis geradas pela sociedade da informação na qual vivemos hoje. A metacognição perpassa as estratégias e repertórios utilizados pelo individuo até se chegar à atividade mental e construção do pensamento. Este processo deve ser pautado na autonomia do individuo, ou seja, o alunos deve ser o autogestor do seu aprender, pois assim terá liberdade e responsabilidade em seu próprio aprender e aprendizado.






O professor deve ser o colaborador neste processo, sabendo que aprender não depende somente do que é ensinado, tendo vista que emoções e significados dados ao que se ensina podem levar a aprendizados melhores, a aprendizagem se dá através da resiliência, isto é, transformar um obstáculo em uma solução e aprender com isto. Sobre o aprender, é importante focalizar o processo ao invés do resultado, compreender que o conhecimento é criação humana e não a verdade absoluta e imutável, entender que nunca é tarde para aprender, pois nunca se acaba o tempo de construção do conhecimento, e isto pode ser de variadas formas: musica, dança pintura, leitura, modelagem, dentre outros exemplos. Assim fica que, a metacognição é a compreender o aprender a aprender.