Jean Piaget (Neuchâtel, 9 de Agosto de 1896 — Genebra, 16 de Setembro de 1980) estudou inicialmente biologia, na Suíça, e posteriormente se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação, professor de psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954, conhecido principalmente por organizar o desenvolvimento cognitivo em uma série de estágios.
Em sua teoria, Piaget expõe que durante o processo de aprendizado do aluno, podem ocorrer três tipos de erros, o primeiro tipo de erro é o qual o aluno sabe fazer, mas usa meios inadequados, por um motivo de deslize, pode-se explicitar da seguinte forma: em um debate em sala de aula acerca da Revolução Russa de 1917, o aluno se atrapalha e afirma que o líder da Revolução foi Robespierre e não Lênin (que seria a resposta correta). O que ocorre é que, o aluno compreende toda a Revolução, apreendeu a conjectura que levou a este fenômeno e quais foram seus desdobramentos, no entanto se atrapalha na hora de denominar seus atores. A intervenção do professor neste caso deve ser de fazer com que o próprio aluno possa refletir sobre a Revolução e fazê-lo recordar sobre outros personagens, levar o aluno a consultar as fontes bibliográficas de onde ele retirou o conteúdo, para podê-lo levar a afirmação correta.
O segundo erro da teoria piagetiana consiste quando o aluno ainda não completou o processo de assimilação e acomodação e por isso seus esquemas fica incompletos, isto se dá, por exemplo, quando o aluno se depara com uma situação na qual ele compreende mais ou menos o que está acontecendo, mas na hora de resolver o problema lhe falta repertório para se sair daquela situação, isto acontece justamente por que sues esquemas ainda não estão completos para aquela situação, envolvendo aí o que chamamos equilibração. Seguindo o exemplo acima, podemos ilustrar que é quando o aluno não compreende o que é Revolução e todos seus desdobramentos e daí ele afirma que o aconteceu na Rússia em 1917 foi a Revolução Russa, mas não consegue explicar porque a denominação Revolução deste acontecimento, muito menos uma breve comparação com a Revolução Francesa, por exemplo, muito embora, o aluno consiga explicar e apontar o desenrolar de ambas as Revoluções. Para corrigir o aluno, o professor deve intervir de maneira, mostrar as coisas em comum das duas Revoluções, para que o aluno possa compreender os significados que o conceito Revolução encerra na atualidade, desta forma, o professor deve também buscar metodologias como imagens e discussões ampliadas com toda turma, pois o aluno assim também se torna parte integrante da construção do conhecimento.
O terceiro erro de Piaget é talvez o qual os professores tenham mais dificuldades em corrigir, pois o aluno está em um processo de desequilibração e daí, não possui estrutura de conhecimento necessário para realizar a solução da tarefa, ou seja, não tem o conhecimento prévio. No processo do aprendizado, o professor irá levar o aluno a rearrumar suas idéias e construir um esquema novo, a partir do processo de assimilação e equilibração, levando o aluno a uma construção do conhecimento de forma autônoma. Um exemplo disso, ainda recorrendo ao tema Revolução Russa, usado nos três exemplos, é aquele aluno que desconhece geográfica e politicamente o que era a Rússia no inicio do século XX. O professor deve levar o aluno a esta primeira equilibração de conhecimento, para a partir daí desenrolar o tema Revolução Bolchevique.
2 comentários:
Os exemplos e a análise estão muito boas, exceto no terceiro exemplo, pois quando o aluno não possui os esquemas para acessar um conteúdo, que é o terceiro tipo discutido no texto, ele não percebe nenhuma perturbação em sua forma de entender as coisas, e por isso não podemos dizer que chega a se sentir em desequilibrio. Ele não sabe, mas não percebe isso. Também é importante explicitar como você compreende os conceitos fundamentais da teoria da Equilibração de Piaget.
A avaliação 1 em geral está construída de forma pertinente e apresenta o que foi solicitado. Alguns aspectos poderiam ser tratados de forma mais abrangente, relacionando o que compreendeu das leituras às suas experiências pessoais e a uma reflexão crítica sobre a realidade, suas contradições e limites. Seu texto expressa compreensão parcialmente construída sobre os temas, e sugiro uma revisão a partir das orientações oferecidas em cada postagem. Sua nota está disponível no portal UEFS.
Postar um comentário